Na trajetória de nossas carreiras como historiadores e historiadoras, tanto na docência quanto na pesquisa, nós frequentemente nos deparamos com encruzilhadas. A encruzilhada é um lugar de tomada de decisões e de possibilidades. Ela representa pontos cruciais em nossa jornada profissional, seja ao selecionar um tema de pesquisa ou na sala de aula. Cada escolha molda nossa identidade como educadores e pesquisadores, enriquecendo nossa prática e aprofundando nosso entendimento da História. Assim, o fazer historiográfico constantemente nos leva a a encruzilhadas que desafiam nossos métodos e conceitos.  

Pensando nisso, é com grande entusiasmo que divulgamos, o tema do XII Encontro de Pesquisa em História é intitulado “Encruzilhadas historiográficas: Itinerâncias nos saberes e caminhos para a história”, convidando-nos a refletir sobre as encruzilhadas que encontramos em nosso ofício. São nelas que teorias e saberes se entrelaçam e se renovam, influenciando tanto nossa prática quanto a teoria da história. O conceito de itinerância emerge como uma metáfora poderosa para descrever esse movimento, levando a teoria e a nós percorrermos caminhos que antes não foram pensados.

Refletindo sobre os saberes que circulam em nosso tempo, é crucial cruzarmos nossos caminhos com outras formas de conhecimento que tensionam o lugar social do historiador. Nesse sentido, o XII EPHIS busca ampliar suas fronteiras para além dos espaços acadêmicos, convidando outros agentes históricos, como as comunidades quilombolas, de religiões afro-brasileiras e indígenas.

É por meio desses diálogos que o XII EPHIS deste ano se propõe a entender os múltiplos caminhos que a história tem percorrido, refletindo sobre a diversidade de temas pesquisados, as experiências em sala de aula e em nossa atuação política de enterrar ou caminhar com o passado.